Blog Clipping
quarta-feira, maio 28, 2003
 
Fonte: Público - 04 de Maio de 2003

Alguns "Weblogs" Portugueses Sobre Jornalismo
Domingo, 04 de Maio de 2003

Jornalismo Digital ( http://www.webjornalismo.blogspot.com )
Fim do Jornalismo? (http://fimdojornalismo.blogspot.com)
Ponto Media (http://ciberjornalismo.com/pontomedia/htm)
Jornalismo e Comunicação (www.webjornal.blogspot.com), sítio colectivo criado no âmbito do Mestrado em Informação e Jornalismo da Universidade do Minho
Aula de Jornalismo ( http://www.aulajornalismo.blogspot.com ), sítio da turma de terceiro ano de jornalismo da Universidade do Minho
Weblog do Mestrado em Cultura e Comunicação, variante de Comunicação da Ciência, da Universidade do Porto ( http://193.137.27.7/weblog/journal/default.asp )
"Teorias da Comunicação" ( http://teorias-comunicacao.blogspot.com/ ), da responsabilidade de Rogério Santos.
Educação à Imagem ( http://educaimagem.blogspot.com/ ), de José Carlos Abrantes
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Fonte: Público - 04 de Maio de 2003

Definição
Domingo, 04 de Maio de 2003

A definição de "weblog" que se generalizou foi a de um "site" na internet organizado por entradas datadas, em que a mais recente aparece no topo da página. Acaba por ser uma espécie de diário do seu autor. Aliás, na linguagem náutica, "log" significa diário de bordo.
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Fonte: Público - 04 de Maio de 2003

Jornalismo Desafiado por Novo Formato
Por P.M.M.
Domingo, 04 de Maio de 2003

Tanto o formato "weblog" como o uso que dele é feito tornam importante a questão da sua relação com o jornalismo, e permitem admitir que possa vir a ter algum impacto na forma como o jornalismo é visto pela sociedade. "Para mim, o desafio mais sério que as redacções enfrentam hoje em dia é os leitores pensarem que somos muito irrelevantes para as suas vidas. Isso deve-se em parte ao facto de as redacções não terem transparência nem, pior, interactividade", afirmou Joseph D. Lasica num debate na Escola de Jornalismo da Universidade da Califórnia em Berkeley, transcrito pela "Online Journalism Review". "Os 'weblogs' são uma grande oportunidade para as redacções se tornarem mais transparentes, mais acessíveis", diz também Lasica, um jornalista muito ligado às publicações "on-line" e um entusiasta dos "blogs".

Joseph D. Lasica fazia também eco das preocupações de quem perguntava aos jornalistas "bloggers" como podem ser capazes de publicar uma informação que não confirmaram, ao que ele responde: "Faço o mesmo que todos os 'bloggers', e penso que não há mal em passar dicas ou rumores, desde que fique claro o que é que sei ser verdade, aquilo de que não tenho a certeza e aquilo que ouvi de outros utilizadores. É mais um diálogo ou uma conversa do que um registo oficial."

Rebecca Blood, uma "blogger" veterana, autora de "The Weblog Handbook" (ed. Perseus), é peremptória em recusar que "os comentários pessoais que se encontram na maioria dos 'weblogs' sejam jornalismo". Qual poderá então ser o valor acrescentado dos "weblogs" para o jornalismo? Dan Gillmor, colunista de negócios do "San José Mercury News", considera "espantoso" o "processo de as pessoas se estarem a envolver na criação de informação que é valiosa e frequentemente rigorosa".

"Jornalistas que mantêm "weblogs" em 'sites' de notícias dizem que a sua escrita nos 'blogs' tende a ser mais solta", escrevia por outro lado David F. Gaallagher em Setembro no "New York Times". No mesmo artigo, dizia-se que "os 'blogs' foram promovidos por alguns comentadores como uma ameaça potencial às empresas tradicionais de comunicação social". "Jornalistas amadores são capazes de criar 'links' e dissecar artigos recém-publicados, acrescentando muitas vozes ao debate nacional."

Mas já houve pelo menos um jornalista que se meteu em problemas por "blogar". Steve Olafson, do "Houston Chronicle", manteve um "weblog" utilizando um pseudónimo e foi despedido quando a sua identidade foi conhecida pela empresa. "O sr. Olafson disse que (...) o seu patrão lhe disse que ele comprometera a sua capacidade para fazer o seu trabalho", conta o "NYT". Olafson usava por vezes o seu "site" para ridicularizar políticos locais que cobria, e chegou a criticar o "Houston Chronicle".

"Se o Google introduzisse um instrumento de busca mais eficaz [no Blogger.com], seria mais fácil encontrar os melhores 'bloggers', o que os ajudaria a emergir como definidores de tendências e a moldar a opinião pública - papéis tradicionalmente cumpridos pela comunicação social de massas", escreveu Michael Liedtke na Associated Press. "Darwinismo de conteúdos" é a expressão de Chris Cleveland (gestor de uma empresa de Chicago produtora "software" de busca que recentemente trabalhou com a Blogger.com) para classificar um possível processo que puxaria as notícias e as perspectivas mais interessantes para o primeiro plano do "blogging".

Há também visões menos animadoras do que pode ser o futuro do "blogging". Nesse cenário, o resultado seria uma espécie de cruzamento entre a TV-realidade e um leilão "on-line". "Isto é a e-Bayzação dos 'media'", diz Tony Perkins, ex-editor de uma revista de tecnologia que lançou um negócio através de um "blog", também citado pela AP. "Cria-se uma arena interessante e depois deixa-se o entretenimento vir dos próprios participantes."


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terça-feira, maio 27, 2003
 
Fonte: Público - 04 de Maio de 2003

Empresas Preparam Possibilidade de Massificação dos "Weblogs"

Por PAULO MIGUEL MADEIRA
Domingo, 04 de Maio de 2003

Se a palavra entre aspas no título nada lhe diz, pode ser que este texto lhe interesse. Quando empresas como a América Online (o maior fornecedor de acesso à Internet nos EUA, com 35 milhões de subscritores), a Google ou a Terra Lycos, que gerem motores de busca da Internet, se começam a preocupar em fornecer aplicações informáticas para a edição de "weblogs", então estamos em presença de um fenómeno em massificação.

Imagine que precisa de se informar sobre a pneumonia atípica que surgiu na China - cuja designação técnica é "síndrome respiratória aguda" - e descobriu que um professor catedrático de Medicina de Hong Kong que se interessa pelo assunto mantém um "weblog" que lhe é dedicado. O que pode esperar encontrar é um conjunto de entradas, com a mais recente no topo, onde se faz referência às novidades consideradas mais importantes e/ou interessantes nesse domínio e "links" que remetem para os locais da rede onde elas se encontram.

Entre essas novidades tanto se podem encontrar os novos casos que se vão registando dia a dia como comentários às notícias sobre uma sondagem em que foi perguntado à população se tinha receio de contágio e que precauções estava a tomar. Visto tratar-se de um "site" mantido por um especialista, é de esperar que as referências encontradas sejam interessantes e que os "links" contemplem o que de mais vanguarda se possa encontrar sobre a questão.

Cerca de 660 em português

Este tipo de "sites", que em 1998 não passavam de uma dúzia, tem crescido a forte ritmo. Actualmente estão listados mais de dez mil, dos quais 660 em português, no portal eatonweb.com, o primeiro directório de "weblogs" que apareceu. Muitos "weblogs" não terão interesse para a generalidade das pessoas, mas podem ser bastante apelativos para um pequeno grupo com um interesse muito específico, ou com perspectivas muito minoritárias.

Uma breve digressão pela literatura sobre "blogs" (abreviatura por que também são conhecidos) permite perceber que nem só grandes empresas da Internet se aperceberam de que eles se estão a tornar, ou estão a ser chamados a tornar-se, um fenómeno de massas no mundo "on-line".

Os "weblogs" começaram por ser páginas pessoais na Internet que constavam essencialmente de listas de "links" para sítios pouco divulgados com assuntos de interesse do seu proprietário e para artigos noticiosos. Esses "links" eram normalmente acompanhados por breves descrições e um comentário do editor do "weblog".

Os primeiros "bloggers" (a palavra que designa os editores dos "weblogs") eram entusiastas da rede, que ou aprenderam código HTML para se divertirem ou eram profissionais que se dedicavam aos seus "sites" depois do trabalho, conta Rebecca Blood no seu rebecablood.net, onde tem um pequeno ensaio sobre a história dos "weblogs". "Um editor com algum domínio de um determinado campo pode mostrar a exactidão ou inexactidão de um determinado artigo ou de alguns dos factos mencionados; pode fornecer factos adicionais que considere pertinentes para o assunto em questão; ou acrescentar uma opinião ou um ponto de vista diferente daquele da peça para a qual estabeleceu um "link". O seu comentário é tipicamente caracterizado por um tom irreverente, por vezes sarcástico", diz também Rebecca Blood.

Os "weblogs" podem assim ter uma função de filtro da rede. Isto é, o seu editor navegou por sítios que sabe dedicarem-se a determinado(s) assunto(s), explorou mais uns que ainda não conhecia e viu nos "sites" de notícias o que havia de interesse sobre a questão. A sua selecção pode poupar tempo substancial a outros aficionados, por exemplo de touradas ou de jornalismo "on-line".

Corria a história desta maneira quando, em Agosto de 1999, a Pyra Labs, de São Francisco (Califórnia), lançou o Blogger.com - um "site" que disponibiliza "on-line" os instrumentos de "software" que permitem a qualquer internauta lançar o seu próprio "weblog". O serviço básico do Blogger é gratuito e, para quem não o tenha, também cria o seu "site" pessoal na Internet.

O resultado óbvio é que o universo de potenciais "bloggers" passou a coincidir com o de indivíduos com ligação à Internet, e a perspectiva de negócio começou a tornar-se incontornável. "Queremos pegar no que tem sido um fenómeno subterrâneo e apresentá-lo às massas", disse o director de marketing de produto da Terra Lycos, Charles Kilby, citado pela agência AP.

As facilidades do Blogger.com, que permitem colocar texto "on-line" quase imediatamente, explicam segundo Rebecca Blood a mudança do "weblog" de tipo filtro para o de tipo jornal, que algures pelo caminho passou a ser mais conhecido por "blog". Quando o Google comprou a Pyra Labs, no ano passado, o Blogger.com tinha 1,1 milhões de utilizadores registados, segundo o SiliconValley.com, duzentos mil dos quais com "blogs" activos.


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Neste weblog guardaremos as notícias publicadas em Portugal sobre a blogosfera.
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